De quem é essa terra?
Devo ter sangue de índio dizimado;
Devo ter sangue de negro escravizado.
Sendo assim,
Será que essa terra diz respeito à mim?
Sei do meu sangue europeu:
Polaco
Espanhol
Só me falta um portunhol.
Carrego a marca do imigrante e do “conquistador”;
Triste que o conquistador não era “civilizador”.
Do estupro à doença,
Do fogo à desavença.
As raízes desta nação,
Não condizem com o que são.
Quero a memória do índio e do preto,
É do europeu que devo ter medo.
Minha terra tem dono,
Mas me sinto parte deste todo.
Das Missões a Porongos, até o “jogador-macaco”,
Ninguém quer pagar o pato.
Ainda vivemos impressionados por espelhos,
E com medo do jovem negro…
Comentários
Postar um comentário